Crime ambiental no Monte Santa Catarina - 1º vídeo aéreo da área do corte de árvores


1º vídeo de drone captado no Monte Santa Catarina (Vila Nova de Famalicão) durante a ação da Associação Famalicão em Transição no dia 17 de dezembro de 2022 (Conversa TeT especial - Parte II - Transição energética e floresta).

Dimensão total de implantação do projeto da Central Fotovoltaica de Gemunde: cerca de 80 hectares.
Dimensão total da área de corte de árvores (segundo o ICNF): cerca de 70 hectares.
Perímetro da superfície total de implantação do projeto: cerca de 5 km.

Área mais densa de sobreiral cortado, coincidente com a área de maior declive de implantação do projeto, correspondente a uma percentagem mínima (cerca de 2,5%) da área total de implantação da central fotovoltaica projetada:

  • Porquê o corte desta área específica (com ainda maior valor ambiental e ecológico)?
  • Será assim tão essencial a utilização desta área (junto aos penedos, no ponto mais alto e de maior declive da área intervencionada) para o projeto em causa?
  • Não teria sido possível, pelo menos, salvaguardar esta área do Monte Santa Catarina, excluindo-a da zona de corte de árvores?
  • Foi devidamente avaliado o risco de erosão (já a verificar-se no terreno neste momento!) em toda a área de desbaste da vegetação arbórea, e especialmente nesta área de maior declive e altitude?
Ver o vídeo na ligação seguinte:
https://youtu.be/kXrt9dyBKA8

Conversa TeT especial - Floresta e transição energética - Parte 2 - "Da Costa à Contracosta" | 17/12 (sábado) - 10h30 - Monte Santa Catarina

Conversa TeT especial - Floresta e transição energética - Parte 2 – “Da Costa à Contracosta”
17/12 (sábado) - 10h30
Monte Santa Catarina

Objetivo: reconhecimento dos 80 hectares onde será implantado o projeto da Central Fotovoltaica de Outiz - Gemunde.
Ponto de encontro: 10h00 - no parque de estacionamento do E. Leclerc (junto ao McDonald's) ou, para quem quiser ir diretamente para o ponto de partida, Gemunde - Caminho Municipal 140 (coordenadas 41.403255, -8.562988).
Início da caminhada: 10h30.
Mecânica da ação: atravessamento da área, fazendo a ligação dos pontos mais afastados. Estimamos que o percurso tenha cerca de 5km.

Deixamos dois contactos de telemóvel, para o caso de necessitarem de alguma informação extra, nomeadamente no dia e hora da ação: José Carvalho - 967351833; Gil Pereira - 916081302.

Comunicado “Conversa TeT especial - Floresta e transição energética | 19/11/2022 | Monte do Facho / Santa Catarina (Vila Nova de Famalicão)”


No passado sábado, dia 19, a Associação Famalicão em Transição reuniu, no Monte do Facho/Santa Catarina, as/os suas/eus associadas/os, tendo-se juntado também a comunicação social e os partidos com representação concelhia, para visitar a área onde foram abatidos centenas de sobreiros, a favor da construção de uma central fotovoltaica.

Nesta ação contamos com a participação das/os representantes do Bloco de Esquerda, PAN, PCP, Os Verdes e PS, que tiveram a oportunidade de avaliar a dimensão da destruição in loco, que vitimou aquela área. As diferentes perspetivas enriqueceram o debate, pelo que a Associação Famalicão em Transição agradece o contributo para a discussão da salvaguarda do património ambiental e paisagístico do concelho.

No local, pudemos ver a qualidade do solo existente naquela área (graças aos sobreiros ali existentes), pouco comum em áreas com aquele declive, e o claro impacto e erosão que a destruição irá continuar a causa naquele território. Partilhamos também com as pessoas presentes as respostas fornecidas pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão às questões colocadas pela Associação Famalicão em Transição sobre o projeto, que ou não foram respondidas, ou a resposta não foi esclarecedora. Nomeadamente, continuamos sem saber se existe uma análise de impacte ambiental associada a este projeto, não tivemos acesso às plantas do projeto e ao detalhe das áreas de cortes e preservação da vegetação aprovadas pelo ICNF, nem sabemos quais são as medidas para mitigar a erosão, ou ainda quais são e onde se localizam os restantes projetos de produção elétrica fotovoltaica licenciados no concelho, pelo que continuaremos a pedir que estas informações nos sejam cedidas.

Relativamente ao futuro, a Associação Famalicão em Transição mantém a posição quanto à paragem das obras e obrigatoriedade de reflorestar a área de sobreiral destruída, reiterando ainda que a transição energética não pode ser feita à custa das nossas florestas e que plantar uma árvore não compensa o abate de outra.

Neste sentido, na segunda parte da ação deste passado sábado efetuou-se um reconhecimento das restantes manchas de sobreiros que ainda existem na zona envolvente ao local onde aconteceu o abate de árvores. Neste processo, foi proposto a criação de um parque florestal para o Monte do Facho / Santa Catarina, à semelhança do Parque de Monsanto, em Lisboa, praticamente sem custos de manutenção, pois a natureza faz a sua autogestão. Para o seu financiamento, que numa primeira fase passaria pela aquisição de terrenos, poderão ser usadas verbas do Fundo Ambiental deste projeto de produção de energia fotovoltaica e de outros que venham a ser licenciados, mecenato ambiental, nomeadamente por empresas com elevado impacto ambiental do concelho, por mecanismos financeiros de compensação carbónica e recursos próprios da autarquia.

Relembramos de seguida todas as questões colocadas à Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão:

1. Houve licenciamento do projeto em causa (em visitas ao local não encontramos esta informação visível)? Onde podemos consultar mais detalhes sobre o projeto de implantação da central fotovoltaica nos terrenos em causa?

2. Existe Estudo de Impacte Ambiental para o projeto em causa, considerando que a área de implantação é de cerca de 80 hectares?

3. Existe autorização do ICNF para o corte de sobreiros efetuado?

4. Existe licenciamento municipal para a movimentação de terras que aconteceu no local?

5. Tendo em conta que parte da implantação do projeto é feito em terreno abrangido por REN e RAN, existe a devida comunicação prévia à entidade competente e onde pode ser consultada ou facultada?

6. Existe algum estudo para a mitigação dos efeitos de erosão na encosta em causa?

7. Existe algum estudo sobre as necessárias medidas de compensação ambiental em função dos danos já causados pelo projeto?

8. É esta a visão do Município quanto à transição energética, isto é, a prioridade dada à instalação de centrais fotovoltaicas de grande dimensão, especialmente tendo em conta a inutilização de solo fértil e a eliminação de manchas florestais com grande mais-valia ambiental, em detrimento da opção pela descentralização da produção elétrica (principalmente o aproveitamento de infraestruturas já existentes, como sendo edifícios industriais, comerciais e residenciais)?

9. Qual o interesse municipal para a instalação desta central fotovoltaica no concelho, principalmente tendo em conta os graves prejuízos ecológicos que a mesma implica? Como se materializa o benefício para as/os famalicenses da instalação desta central fotovoltaica no concelho?

10. Relativamente aos pareceres dados, qual a posição das Freguesias abrangidas por este projeto?

11. Existiu alguma consulta pública à comunidade acerca do licenciamento deste projeto?

12. Existem outros projetos de centrais fotovoltaicas previstos para instalação no concelho? Se sim, quantos e em que locais?

Créditos de todas as fotos: Tiago Paiva

2ª Caminhada das Minas


No próximo sábado, 19 de novembro, pelas 14 horas, irá realizar-se uma caminhada no Trilho das Minas, promovida pela CSIF de Gondifelos, Cavalões, Outiz e Louro, e com a colaboração da Associação Famalicão em Transição.
O ponto de encontro será em Gondifelos, junto aos moinhos do rio Este, perto do Castro de Penices. Para mais informações e inscrições consultar os links do cartaz.
O Trilho das Minas é uma iniciativa da Associação Famalicão em Transição, na qual temos procurado desempenhar o nosso papel na criação e promoção deste trilho.

Conversa TeT especial - Floresta e transição energética

Na sequência dos eventos que tiveram lugar recentemente no Monte do Facho / Monte Santa Catarina, nomeadamente o corte de centenas de sobreiros para a instalação de uma central fotovoltaica no local, a Associação Famalicão em Transição vai organizar uma Conversa TeT (Território em Transição) especial, com conferência de imprensa, dedicada aos temas da floresta e transição energética, e na qual gostávamos de contar com a participação de uma alargada representação da comunidade, no sentido de diversificar e enriquecer as perspetivas e pontos de vista em debate.

Esta ação acontecerá no dia 19 de novembro (sábado), pelas 10h30, no Monte do Facho / Monte Santa Catarina, com visita ao local onde aconteceu o corte das centenas de sobreiros. O ponto de encontro será junto à Capela de Santa Catarina (Rua de Santa Catarina, Calendário, Famalicão; localização aqui: https://goo.gl/maps/Cdv8RPYsqmxZCfGo6).

Deixamos dois contactos de telemóvel, para o caso de necessitarem de alguma informação extra, nomeadamente no dia e hora da ação: José Carvalho - 967351833; Gil Pereira - 916081302.

Inscrições ainda abertas para os próximos Círculos de Mulheres - Transição Interior no Feminino

Depois da 1ª sessão do "Círculo de Mulheres - Transição Interior no Feminino" ter acontecido no dia 6 de novembro, continuam ainda abertas as inscrições para as próximas sessões, a acontecer nos dias 12, 20 e 26 deste mês.

Todas as informações e inscrições estão disponíveis neste formulário online: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdWRM2WOg3Evam9Ncuh_lZuEONIK63YikBB75Dl--MxxaQVlQ/viewform

Para mais informações contactar geral@edupa.pt.

Crime ambiental no Monte Santa Catarina!

A Famalicão em Transição, associação que tem como Visão tornar Vila Nova de Famalicão uma comunidade mais sustentável e resiliente, centrada nas pessoas e na natureza, considera que o concelho sofreu uma perda irreparável do seu património ambiental, paisagístico e cultural no Monte do Facho, também conhecido como Monte de Santa Catarina, na encosta voltada para a Freguesia de Outiz.No final de outubro deste ano foi arrasada uma extensa mancha de Sobreiros e alguns Carvalhos Alvarinho, numa área incluída em Reserva Ecológica Nacional e que abrange as “cabeceiras das linhas de água” e “áreas com risco de erosão”, conforme é descrito em documentação disponível na página online do Município de Vila Nova de Famalicão.
Recordamos que o Decreto-lei nº 169/2001 de 25 de Maio, na sua atual redação, obriga a que o corte ou poda de Sobreiros e Azinheiras sejam requeridos e autorizados, previamente, pelo ICNF. Para além disso trata-se de uma área com uma orografia muito sensível, devido ao grande declive e exposição às massas de ar marítimas carregadas de humidade. Qualquer intervenção nesta área deveria ser cuidadosamente gerida. Infelizmente, no local verifica-se que o solo foi totalmente revolvido, pontuando crateras em resultado do arranque das raízes de árvores adultas. Deste modo, o solo ficou totalmente desprotegido (às portas do Inverno).
Como tal, a associação vai colocar um conjunto de questões à autarquia de Famalicão para perceber o enquadramento dos factos e quais as medidas de compensação ambiental.
Independentemente da argumentação que o Município nos possa apresentar, tendo em conta os elementos acima expostos, exigimos que se suspenda de imediato os trabalhos no local e que logo que seja possível se inicie a recuperação ambiental e paisagística da área.



Círculo de mulheres - Transição interior no feminino

A EDUPA - Educação Plena - e a Associação Famalicão em Transição trazem-te um convite para o mês de novembro, um mês de profunda descida ao submundo que nos habita. Nesse autocuidado intuitivo procuramos em nós o que já não nos serve, para darmos lugar às novas camadas do Ser. Novembro é mês de transição, cura e transformação. Este é um convite para que, enquanto mulher, reserves este tempo só teu, para que possas expandir o teu interior, a tua sensibilidade e intuição e conectares-te à tua essência.

Aceitas?
Vamos realizar 4 círculos nas datas seguintes: 6 (domingo), 12 (sábado), 20 (domingo) e 26 (sábado) de novembro. Recomendamos que a tua inscrição considere a participação nos 4 encontros. Todavia, permitiremos participações independentes.
O horário será das 10h00 às 12h30. Será em modo presencial e online, embora algumas práticas percam com a não presença física.
Os círculos vão acontecer na sede da Associação Famalicão em Transição, na R. da Agra, nº 800, 4770-060 Bente.

Para inscrições e mais informações, consultar o formulário online aqui:
Prazo de inscrições até dia 3 de novembro!

Mais informações através do email geral@edupa.pt.

1ª Conversa TeT e próximas datas

Mesmo já tendo passado mais de uma semana, partilhamos algumas fotos da nossa última atividade, a Conversa TeT (Território em Transição), dedicada ao tema da Floresta, que decorreu na nossa sede em Bente, no sábado dia 22 de outubro, ao final do dia, incluindo um jantar partilhado.
Esta atividade integrou também a edição deste ano do DACN (Dia de Ação Comum pela Natureza), que uniu várias atividades, de diversas organizações ambientais, um pouco por todo o país.

As próximas Conversas TeT já têm datas marcadas, por isso, reservem já nas vossas agendas: 19 de novembro e 17 de dezembro.
Decorrerão nos mesmos moldes que a primeira, uma conversa informal, com jantar partilhado, a decorrer com início às 19h, na nossa sede em Bente.
Não faltem!

Conversa TeT (Território em Transição) - Tema: Floresta


A próxima atividade da Associação Famalicão em Transição, a Conversa TeT (Território em Transição), irá acontecer já este sábado, 22 de outubro, pelas 19h, na nossa sede em Bente (Rua da Agra, nº 800, 4770-060 Bente; localização no Google Maps aqui).

Esta é a primeira de várias Conversas TeT, que acontecerão mensalmente ao 3º sábado de cada mês (as próximas acontecerão a 19 de novembro e a 17 de dezembro), e que procurarão ser um espaço de conversa informal aberto a toda a comunidade, de forma a dar continuidade ao debate em torno do Território de Famalicão, do que ele é e do que queremos que seja.
Estas conversas informais consistirão também em momentos de convívio, incluindo por isso um jantar partilhado, em que cada um/a traz algo para partilhar com todas/os.

A Conversa TeT deste mês é dedicada ao tema da Floresta e integra o Dia de Ação Comum pela Natureza, uma iniciativa no âmbito da Carta de Famalicão - Convergência Ecológica. Podem saber mais sobre esta iniciativa aqui: https://carta-de-famalicao.webnode.pt/dia-de-acao-comum/

Vamos cuidar do Rio Pelhe - 2 de julho - 10h


No dia 2 de julho, pelas 10h, vamos cuidar do Rio Pelhe. Vamos apanhar lixo e cuidar da vegetação.
O Rio Pelhe é um rio que nasce e desagua no concelho de Vila Nova de Famalicão e necessita da nossa atenção.
 
Local: Rio Pelhe, junto ao horto e oficinas municipais ( 41.387665, -8.522734 ).
Aconselha-se o uso de roupa prática. O uso de galochas poderá facilitar, caso queiram, a entrada no rio. Tragam luvas e sacos para o lixo que apanharem.

Inscreve-te aqui: https://forms.gle/fcLbeGDqoP4mUpmg9

Esperamos contar contigo!

Sessão Ambientar-se | Mini-filmes Bgreen | 6ª feira - 17 junho - 21h30 | Casa do Território (Parque da Devesa)


Esta 6ª feira, 17 de junho, pelas 21h30, na Casa do Território (no Parque da Devesa), a Associação Famalicão em Transição vai dinamizar mais uma sessão Ambientar-se, desta vez dedicada ao Bgreen - Ecological Film Festival.
Vamos ter a possibilidade de ver alguns dos mini-filmes participantes e finalistas, e de seguida estar à conversa com as/os suas/eus jovens autoras/es.
Não percam esta oportunidade e juntem-se à iniciativa!

Comunicado sobre o resultado do processo do novo edifício do CENTI no Parque da Devesa


Caras/os cidadãs/ãos,

Antes de mais, queremos agradecer o apoio que nos foi demonstrado, pois sem ele não poderíamos ter seguido com as ações sobre as quais nos vimos agora pronunciar.
Infelizmente, o recurso apresentado pela Associação Famalicão em Transição (AFeTra), foi recusado por aspetos administrativos, sem, em boa verdade, o seu conteúdo ter sido analisado.
Ainda assim, e contrariamente ao que foi dito, existem instâncias a investigar, nomeadamente o Ministério Público, que está ainda a recolher testemunhos. Esperamos que esta entidade prossiga com a sua investigação para apurar os factos, uma vez que o Ministério Público do Porto já frisou no Parecer nº4/22 do Proc. nº 1297/21.8BEBRG que “somos do parecer que o recurso merece provimento”, referindo-se à fundamentação apresentada pela AFeTra.
Notamos uma vez mais que nunca estivemos contra o CITEVE ou CENTI, nem contra o trabalho desenvolvido por estes organismos, que muitas vezes vai ao encontro dos objetivos da AFeTra – na procura de uma vida mais sustentável e resiliente e de um mundo melhor. Não podemos, no entanto, ficar caladas/os e quietas/os perante a violação dos instrumentos de gestão do território, como é o caso do Plano de Urbanização da Devesa, que visam regular e proteger o território, nomeadamente, áreas verdes como é o caso da área ocupada pelo novo edifício do CENTI. Convidamos todas/os as/os famalicenses a lerem o regulamento em causa.
Acreditamos que as pessoas que trabalham para a Câmara e que são eleitas, mais não são que nossas representantes /mandatárias, e que a nós, cidadãs/ãos, nos devem prestar contas. A democracia constrói-se todos os dias, com a participação de todas e todos. A alteração deste plano, com a exigida discussão pública, teria sido o caminho que sempre desejámos. No entanto, e perante o sucedido, este foi o caminho que nos restou.
As ações da AFeTra não se esgotam nesta, pelo que esperamos contar com todas e todos nas próximas ações!

Famalicão em Transição, o caminho para um lugar com futuro.

"Território em Transição" saiu à rua - Tertúlia andante | Espaço público, cidadania, educação


"Território em Transição" - saiu à rua num dia que assim se fez andante e com uma longa conversa.
Neste 4 de junho que ameaçava chuva, mas que nos brindou com uma tarde de soalheira Primavera, o grupo saiu do jardim dos Paços do Concelho de Vila Nova de Famalicão (Câmara Municipal) e percorreu ruas, praças e “vielas cobertas” até chegar à Praça - Mercado Municipal. Os temas abordados foram muitos e somaram-se pedaços de história que ajudaram a perceber a cidade que temos.
Não é fácil fazer uma síntese de quase 3 horas de conversas dinamizadas pelo Dr. Cândido Oliveira e o Arq. Nuno Travasso, pela sua riqueza e densidade. No entanto, registamos aqui alguns pedaços desta tertúlia, mais num registo de questões do que em ideias ou soluções fechadas.


Tudo começou em frente à acrópole dos Paços do Concelho (Câmara Municipal), símbolo do poder local, com a questão: como aumentar a participação e envolvimento de uma comunidade em que pouco mais de 4 cada 10 famalicenses exercem o seu dever/direito de voto? O poder local exerce um serviço à população e como tal deverá ser construído para maximizar a participação das/os munícipes. De que forma isso é possível? Como podemos promover a negociação entre os interesses conflituantes?
Por que razão estão as escolas gradeadas? Porque é que os espaços escolares, com os seus equipamentos desportivos, jardins e outros, não podem ser usados pela comunidade local aos fins de semana e nas férias escolares?

  
As crianças e jovens famalicenses enchem o Parque da Juventude, Parque 1º de Maio, Rua Luís de Camões e Praça 9 de Abril, dando vida a estes espaços. Como podemos adicionar valor e juntar outros públicos nestes lugares? Porque não cortamos o trânsito nos arruamentos junto às escolas, promovendo a segurança (sem automóveis não há acidentes rodoviários) e um estilo de vida ativo e saudável?
Será que a arte pública faz parte do desenho da cidade? A arte ter-se-á institucionalizado, por boas intenções, mas tirando o protagonismo à sociedade civil? Porque é que a Rua Direita e a Casa da Cultura, que nos anos 80/90 foram um espaço de grande dinamismo cultural, hoje perdeu essa função?
O Parque D.ª Maria II e áreas adjacentes voltam a encher-se de vida. Ficamos com poucas dúvidas sobre as desvantagens de um espaço livre de automóveis no centro da cidade. No entanto, não estaremos a centralizar os investimentos que qualificam o espaço público numa área muito circunscrita do concelho e mesmo da cidade? Não teremos um excesso de mineralização e consequente impermeabilização do solo do centro da cidade? A opção por esplanadas fechadas, não resulta numa apropriação indevida do espaço, cortando a sua fluidez?


Para terminar registamos os 5 pilares em que a democracia local deve assentar e que o Dr. Cândido Oliveira partilhou e resumiu de forma simples e lúcida: Informar, Debater, Deliberar, Executar e Avaliar. Estará a sociedade famalicense e as suas instituições preparadas e empenhadas em cumprir e fazer cumprir estes pressupostos do exercício da democracia local?
Esperamos ter dado o nosso contributo para este exigente desafio.
Muito obrigado a todas/os as/os presentes. Muito obrigado aos nossos dinamizadores desta(s) conversa(s) – Dr. Cândido Oliveira e Arq. Nuno Travasso.

Tertúlia andante | Espaço público, cidadania, educação


A Associação Famalicão em Transição dá seguimento às linhas de reflexão sobre o “Território em Transição”, iniciadas no final de março com a 1ª Tertúlia na Casa do Território. Assim, no próximo dia 4 de junho metemos pés ao caminho num percurso que visitará vários pontos da cidade de Famalicão.
Ponto de encontro: Praça do Município (Praça Álvaro Marques), junto ao busto de Camilo Castelo Branco.
Hora: 15h30.
Nesta “Tertúlia Andante” discutiremos o Espaço Público e como este interage com a Cidadania e a Educação. Neste processo tentaremos perceber os aspetos formais que construíram os vários espaços e como estes são apropriados (ou não) pela população, dando, muitas vezes, usos diferentes dos inicialmente previstos. Também pretendemos pensar as formas de potenciar os usos dados a estes lugares e como replicar soluções bem sucedidas para outras centralidades do concelho.
Na caminhada pela cidade contaremos com a presença do Dr. Cândido Oliveira e do Arq. Nuno Travasso que partilharão as suas ideias e experiências e desafiarão as/os participantes a pensar o território.
Pretendemos que estas sessões nutram a discussão do PDM (Plano Diretor Municipal), cuja revisão se realizará ainda este ano, e para tal, comprometemo-nos a redigir uma carta aberta com as ideias que destas tertúlias surjam.
Contamos contigo!

Resultados do Curso de Introdução à Permacultura no espaço Famalicão em Transição, em Bente

Há pouco mais de uma semana, aconteceu no nosso espaço de Bente o Curso de Introdução à Permacultura, orientado pelas facilitadoras Helena e Cristiana, do Bem da Terra, e que contou com a participação de um fantástico e dedicado grupo de 16 pessoas, incluindo algumas/ns associadas/os, de Famalicão e de outros locais de proveniência.
O Curso, nas palavras e partilhas das/os próprias participantes, proporcionou uma experiência imersiva bastante intensa e marcante pelos princípios, práticas e filosofia de vida que a permacultura apresenta.
Também como resultados para a Associação Famalicão em Transição, ficaram 4 trabalhos de grupo finais de design de permacultura para o espaço de Bente. Cabe-nos agora passar à implementação, existindo para isso a ideia da organização de campos de trabalho, que poderão acontecer a breve trecho.



Sessão de cinema e conversa - Sementes da Liberdade


Em paralelo ao Curso de Introdução à Permacultura que vai acontecer no nosso espaço em Bente, já este fim de semana, vamos promover uma Sessão de Cinema e Conversa, também em parceria com o Bem da Terra, à volta do filme "Sementes da Liberdade", que dará o mote para falarmos sobre soberania alimentar e outras questões relacionadas.

Esta sessão acontecerá no sábado, dia 7 de maio, pelas 21h, e a participação é aberta a todas as pessoas interessadas.
Aqui fica a localização do nosso espaço, na Rua da Agra, nº 800, 4770-060 Bente (Vila Nova de Famalicão): https://goo.gl/maps/w91TsiL515ZAjWkj6

Curso de Introdução à Permacultura | NOVAS DATAS: 7 e 8 maio 2022 | Espaço Famalicão em Transição, em Bente


Curso de Introdução à Permacultura
Curso de 12h: 7h (1º dia) + 5h (2º dia)

“Talvez este seja mais do que nunca o tempo de plantar.”
José Tolentino Mendonça

A permacultura é uma poderosa ferramenta para se atingir a sustentabilidade necessária para esta época de crise e confinamento em que o Ser Humano se encontra. Este curso potencia uma viagem interior que passa pelo DESPERTAR, INSPIRAR, OBSERVAR, CRIAR e CELEBRAR, para uma tomada de consciência ecológica e de transformação pessoal. Desafia as/os participantes a criarem soluções simples e criativas para a vida do dia a dia.

Dois dias em plena ligação com a Mãe Terra, num sistema de vida comunitária, a partilhar saberes e a aprofundar conhecimentos sobre: História da Permacultura, Ética e Princípios da Permacultura, Zonas, Setores, Padrões da Natureza, Água, Recursos Naturais, Biodiversidade, Agricultura Natural, Horta Mandala, Bioconstrução, Permacultura Urbana, Design, Criatividade, Projetos, …

O curso tem como pano de fundo o espaço da Associação Famalicão em Transição e a história/vida de cada participante e visa capacitar as/os participantes a projetar as suas casas, para que estas se tornem mais sustentáveis e as vidas familiares mais próximas na Mãe Terra.

Facilitadoras:
Helena Sousa
“Bióloga de formação e Agricultora de prática. Desde sempre ligada à terra, descobriu no Design em Permacultura a caixa de ferramentas para construir ligações harmoniosas e criativas com a natureza. Co-fundadora e colaboradora no Bem da Terra, desde 2016, movimento onde coloca grande parte da sua energia.”
https://www.facebook.com/mariahelena.sousa.16

Cristiana José Rodrigues
“Mulher, mãe de coração, professora e aluna, contadora de histórias, pedaço de gengibre no dia-a-dia, … Atualmente apaixonada por projetos culturais, pela meditação, pela permacultura, a explorar as extensões de algumas Experiências Sensoriais – caminhadas, jantares “às cegas”, …”
https://www.facebook.com/cristianajose.rodrigues

Bem da Terra
Movimento de Educação para a Sustentabilidade, que cultiva o Desenvolvimento Integral Humano inspirado nos Sistemas Naturais. Possibilitando a (re)ligação do SER HUMANO À TERRA.
https://bemdaterra.pt/
https://www.facebook.com/coopbemdaterra
E-mail: coopbemdaterra@gmail.com
Tlm: 964856933

Informações e inscrições:
Datas e horários: 7 maio 2022 (sábado) - 10h/18h; 8 maio 2022 (domingo) - 10h/16h.
Local: sede da Associação Famalicão em Transição - Rua da Agra, nº 800, 4770-060 Bente (Vila Nova de Famalicão); localização no mapa - https://goo.gl/maps/w91TsiL515ZAjWkj6
Contributo para participação:
  • 30€ - valor promocional para inscrições até 10/04/2022 (35€ para inscrições de 11/04 a 04/05/2022);
  • 25€ - valor promocional para inscrições de associadas/os da Associação Famalicão em Transição, até 10/04/2022 (30€ para inscrições de 11/04 a 04/05/2022);
  • 25€ - valor promocional para inscrições de grupos de 3 pessoas (25€/pessoa), até 10/04/2022 (30€/pessoa para inscrições de 11/04 a 04/05/2022).
Refeições e pernoita:
  • a inscrição inclui os almoços (vegetarianos) e lanches dos 2 dias;
  • para quem quiser, é possível pernoitar no espaço onde se vai realizar o curso (no local existem casas de banho, mas sem chuveiros, e cada pessoa terá de trazer o seu próprio colchão/colchonete e saco-cama).
Número de participantes: limite mínimo de 7 e máximo de 15.
(a inscrição só fica validada após a transferência do contributo na totalidade para o IBAN da Associação Famalicão em Transição - PT50 0045 1280 4028 3963 8046 7 - e envio do respetivo comprovativo para o email famalicaom@gmail.com)
Mais informações: famalicaom@gmail.com; 916081302 (Gil Pereira).

Extra: na noite de sábado, pelas 21h, no mesmo local do curso, faremos uma sessão de cinema e conversa sobre permacultura e questões relacionadas, aberta também a outras pessoas não participantes no curso.

Associação Famalicão em Transição subscreve o Manifesto da Caravana pela Justiça Climática


A Caravana pela Justiça Climática vai andar na estrada de 2 a 16 de abril e a Associação Famalicão em Transição é um dos coletivos que subscrevem o Manifesto desta iniciativa.
Podem ver aqui o texto completo do Manifesto e todas as/os subscritoras/es: https://www.caravanaclima.pt/manifesto/
Para conhecerem mais sobre a iniciativa, recomendamos a visualização deste curto vídeo: https://vimeo.com/679767156?embedded=true&source=video_title&owner=50615145

Associação Famalicão em Transição foi conversar sobre ecologia na Maratona Criativa do Bgreen


Nos passados dias 14 e 17 de março, participámos na Maratona Criativa do Bgreen - Ecological Film Festival, organizado pela Oficina - Escola Profissional do INA.
Fomos conversar sobre ecologia com as/os alunas/os, de forma a inspirá-las/os para a criação dos seus vídeos a concurso no Bgreen.
Abordámos questões relacionadas com as alterações climáticas, o aquecimento global, a emissão de gases com efeito de estufa e o ativismo ambiental, tudo através de um formato interativo com um "Quem quer ser ecologista?".
Esta parceria aconteceu no âmbito da participação da Associação Famalicão em Transição no Conselho Eco-Escolas da Oficina.


"Território em Transição" - o debate foi iniciado




No dia 26 de março, no espaço da Casa do Território (Parque da Devesa - Vila Nova de Famalicão), a Associação Famalicão em Transição reuniu um conjunto de pessoas com diferentes origens e sensibilidades. Como denominador comum encontrámos a vontade de ouvir, pensar e partilhar ideias sobre o território que nos une: o concelho de Famalicão.
Já é lugar-comum dizer que os próximos anos trazem desafios cuja escala e complexidade exigem alterações radicais no nosso modo de vida. Os territórios terão de mudar para permitir que cada cidadã/o possa contribuir para uma economia e estilos de vida menos dependentes das energias fósseis. Em simultâneo, teremos de trabalhar para uma sociedade mais coesa, pois só assim será possível tomar as decisões mais difíceis, sem deixar ninguém para trás.

Os trabalhos iniciaram com a visita guiada à exposição “Naturalmente Famalicão - Cronologia de uma paisagem”, orientada pelo seu coordenador científico, Vasco Flores Cruz. A visita permitiu perceber a evolução da paisagem do concelho ao longo dos últimos 6.000 anos e como a presença humana determinou o ambiente onde vivemos hoje.

Conscientes de que as decisões de hoje são determinantes no modo como as próximas gerações viverão no território, as/os participantes formaram 3 grupos onde debateram e listaram aquilo que caracteriza o concelho de Famalicão e o que querem manter e mudar neste espaço.

Questões como a descentralização, coesão social, urbanismo, indústria e comércio, população, cultura ou ambiente foram alguns dos pontos discutidos, a par de outros com igual relevância e que serão aprofundados nas próximas tertúlias.

É com este compromisso que a Associação Famalicão em Transição, como coletivo da sociedade civil, lança o desafio a todas/os para participar nas próximas Tertúlias. Com isso poderemos enriquecer a discussão do PDM (Plano Diretor Municipal) através de uma carta aberta com a síntese das ideias destas conversas. Acreditamos que na raiz da solução estão as pessoas.




Encontro de consórcios promotores de projetos de Educação para a Cidadania

 


Estivemos presentes neste encontro em Mafra, conjuntamente com os parceiros YUPI - Youth Union of People With Initiative e Agrupamento de Escolas de Gondifelos, e os restantes dois consórcios nacionais que também implementaram projetos de educação para a cidadania em contexto escolar.
O papel da Associação Famalicão em Transição neste projeto implementado na escola de Gondifelos foi o de auxiliar na promoção da compostagem e valorização dos resíduos orgânicos, com a preciosa colaboração da Reciclagem Orgânica.
Faz-nos todo o sentido continuar a promover e participar ativamente no trabalho educativo em estreita colaboração entre escolas e organizações da sociedade civil, especialmente ao nível local.




Tertúlia "Território em transição" | 26 março - 16h | Casa do Território


A Associação Famalicão em Transição vai levar a cabo a Tertúlia “Território em transição”, que se realizará no dia 26 de março, sábado, pelas 16 horas, na Casa do Território (Parque da Devesa - Vila Nova de Famalicão).
Num primeiro momento será realizada uma visita guiada à exposição “Naturalmente Famalicão - cronologia de uma paisagem”, orientada pelo seu coordenador científico, Vasco Flores Cruz, à qual se seguirá a tertúlia.
Esta será a primeira e mais abrangente de uma série de sessões, e tem por objetivo levantar diferentes temas e questões que serão depois debatidos mais profundamente nas seguintes tertúlias. Pretendemos que estas sessões nutram a discussão do PDM (Plano Diretor Municipal), cuja revisão se realizará ainda este ano, e para tal, comprometemo-nos a redigir uma carta aberta com as ideias que destas tertúlias surjam.
Estamos a efetuar convites a diversas pessoas e entidades, pois pretendemos que esta primeira sessão reúna diferentes agentes e setores da comunidade famalicense.

Workshop "Faz um zoom à tua vida"

 

No passado sábado, 12 de março, aconteceu o workshop "Faz um zoom à tua vida", orientado pela associada Ana Diniz (e dinamizadora da EDUPA - Associação para o Desenvolvimento Pessoal), que juntou 4 associadas/os da AFeTra, na sua sede em Bente, para uma tarde de partilha, escuta, reflexão e gratidão, dedicada ao crescimento pessoal.