Antes de mais, queremos agradecer o apoio que nos foi demonstrado, pois sem ele não poderíamos ter seguido com as ações sobre as quais nos vimos agora pronunciar.
Infelizmente, o recurso apresentado pela Associação Famalicão em Transição (AFeTra), foi recusado por aspetos administrativos, sem, em boa verdade, o seu conteúdo ter sido analisado.
Ainda assim, e contrariamente ao que foi dito, existem instâncias a investigar, nomeadamente o Ministério Público, que está ainda a recolher testemunhos. Esperamos que esta entidade prossiga com a sua investigação para apurar os factos, uma vez que o Ministério Público do Porto já frisou no Parecer nº4/22 do Proc. nº 1297/21.8BEBRG que “somos do parecer que o recurso merece provimento”, referindo-se à fundamentação apresentada pela AFeTra.
Notamos uma vez mais que nunca estivemos contra o CITEVE ou CENTI, nem contra o trabalho desenvolvido por estes organismos, que muitas vezes vai ao encontro dos objetivos da AFeTra – na procura de uma vida mais sustentável e resiliente e de um mundo melhor. Não podemos, no entanto, ficar caladas/os e quietas/os perante a violação dos instrumentos de gestão do território, como é o caso do Plano de Urbanização da Devesa, que visam regular e proteger o território, nomeadamente, áreas verdes como é o caso da área ocupada pelo novo edifício do CENTI. Convidamos todas/os as/os famalicenses a lerem o regulamento em causa.
Acreditamos que as pessoas que trabalham para a Câmara e que são eleitas, mais não são que nossas representantes /mandatárias, e que a nós, cidadãs/ãos, nos devem prestar contas. A democracia constrói-se todos os dias, com a participação de todas e todos. A alteração deste plano, com a exigida discussão pública, teria sido o caminho que sempre desejámos. No entanto, e perante o sucedido, este foi o caminho que nos restou.
As ações da AFeTra não se esgotam nesta, pelo que esperamos contar com todas e todos nas próximas ações!
Famalicão em Transição, o caminho para um lugar com futuro.
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