Vamos cuidar do Rio Pelhe - 2 de julho - 10h


No dia 2 de julho, pelas 10h, vamos cuidar do Rio Pelhe. Vamos apanhar lixo e cuidar da vegetação.
O Rio Pelhe é um rio que nasce e desagua no concelho de Vila Nova de Famalicão e necessita da nossa atenção.
 
Local: Rio Pelhe, junto ao horto e oficinas municipais ( 41.387665, -8.522734 ).
Aconselha-se o uso de roupa prática. O uso de galochas poderá facilitar, caso queiram, a entrada no rio. Tragam luvas e sacos para o lixo que apanharem.

Inscreve-te aqui: https://forms.gle/fcLbeGDqoP4mUpmg9

Esperamos contar contigo!

Sessão Ambientar-se | Mini-filmes Bgreen | 6ª feira - 17 junho - 21h30 | Casa do Território (Parque da Devesa)


Esta 6ª feira, 17 de junho, pelas 21h30, na Casa do Território (no Parque da Devesa), a Associação Famalicão em Transição vai dinamizar mais uma sessão Ambientar-se, desta vez dedicada ao Bgreen - Ecological Film Festival.
Vamos ter a possibilidade de ver alguns dos mini-filmes participantes e finalistas, e de seguida estar à conversa com as/os suas/eus jovens autoras/es.
Não percam esta oportunidade e juntem-se à iniciativa!

Comunicado sobre o resultado do processo do novo edifício do CENTI no Parque da Devesa


Caras/os cidadãs/ãos,

Antes de mais, queremos agradecer o apoio que nos foi demonstrado, pois sem ele não poderíamos ter seguido com as ações sobre as quais nos vimos agora pronunciar.
Infelizmente, o recurso apresentado pela Associação Famalicão em Transição (AFeTra), foi recusado por aspetos administrativos, sem, em boa verdade, o seu conteúdo ter sido analisado.
Ainda assim, e contrariamente ao que foi dito, existem instâncias a investigar, nomeadamente o Ministério Público, que está ainda a recolher testemunhos. Esperamos que esta entidade prossiga com a sua investigação para apurar os factos, uma vez que o Ministério Público do Porto já frisou no Parecer nº4/22 do Proc. nº 1297/21.8BEBRG que “somos do parecer que o recurso merece provimento”, referindo-se à fundamentação apresentada pela AFeTra.
Notamos uma vez mais que nunca estivemos contra o CITEVE ou CENTI, nem contra o trabalho desenvolvido por estes organismos, que muitas vezes vai ao encontro dos objetivos da AFeTra – na procura de uma vida mais sustentável e resiliente e de um mundo melhor. Não podemos, no entanto, ficar caladas/os e quietas/os perante a violação dos instrumentos de gestão do território, como é o caso do Plano de Urbanização da Devesa, que visam regular e proteger o território, nomeadamente, áreas verdes como é o caso da área ocupada pelo novo edifício do CENTI. Convidamos todas/os as/os famalicenses a lerem o regulamento em causa.
Acreditamos que as pessoas que trabalham para a Câmara e que são eleitas, mais não são que nossas representantes /mandatárias, e que a nós, cidadãs/ãos, nos devem prestar contas. A democracia constrói-se todos os dias, com a participação de todas e todos. A alteração deste plano, com a exigida discussão pública, teria sido o caminho que sempre desejámos. No entanto, e perante o sucedido, este foi o caminho que nos restou.
As ações da AFeTra não se esgotam nesta, pelo que esperamos contar com todas e todos nas próximas ações!

Famalicão em Transição, o caminho para um lugar com futuro.

"Território em Transição" saiu à rua - Tertúlia andante | Espaço público, cidadania, educação


"Território em Transição" - saiu à rua num dia que assim se fez andante e com uma longa conversa.
Neste 4 de junho que ameaçava chuva, mas que nos brindou com uma tarde de soalheira Primavera, o grupo saiu do jardim dos Paços do Concelho de Vila Nova de Famalicão (Câmara Municipal) e percorreu ruas, praças e “vielas cobertas” até chegar à Praça - Mercado Municipal. Os temas abordados foram muitos e somaram-se pedaços de história que ajudaram a perceber a cidade que temos.
Não é fácil fazer uma síntese de quase 3 horas de conversas dinamizadas pelo Dr. Cândido Oliveira e o Arq. Nuno Travasso, pela sua riqueza e densidade. No entanto, registamos aqui alguns pedaços desta tertúlia, mais num registo de questões do que em ideias ou soluções fechadas.


Tudo começou em frente à acrópole dos Paços do Concelho (Câmara Municipal), símbolo do poder local, com a questão: como aumentar a participação e envolvimento de uma comunidade em que pouco mais de 4 cada 10 famalicenses exercem o seu dever/direito de voto? O poder local exerce um serviço à população e como tal deverá ser construído para maximizar a participação das/os munícipes. De que forma isso é possível? Como podemos promover a negociação entre os interesses conflituantes?
Por que razão estão as escolas gradeadas? Porque é que os espaços escolares, com os seus equipamentos desportivos, jardins e outros, não podem ser usados pela comunidade local aos fins de semana e nas férias escolares?

  
As crianças e jovens famalicenses enchem o Parque da Juventude, Parque 1º de Maio, Rua Luís de Camões e Praça 9 de Abril, dando vida a estes espaços. Como podemos adicionar valor e juntar outros públicos nestes lugares? Porque não cortamos o trânsito nos arruamentos junto às escolas, promovendo a segurança (sem automóveis não há acidentes rodoviários) e um estilo de vida ativo e saudável?
Será que a arte pública faz parte do desenho da cidade? A arte ter-se-á institucionalizado, por boas intenções, mas tirando o protagonismo à sociedade civil? Porque é que a Rua Direita e a Casa da Cultura, que nos anos 80/90 foram um espaço de grande dinamismo cultural, hoje perdeu essa função?
O Parque D.ª Maria II e áreas adjacentes voltam a encher-se de vida. Ficamos com poucas dúvidas sobre as desvantagens de um espaço livre de automóveis no centro da cidade. No entanto, não estaremos a centralizar os investimentos que qualificam o espaço público numa área muito circunscrita do concelho e mesmo da cidade? Não teremos um excesso de mineralização e consequente impermeabilização do solo do centro da cidade? A opção por esplanadas fechadas, não resulta numa apropriação indevida do espaço, cortando a sua fluidez?


Para terminar registamos os 5 pilares em que a democracia local deve assentar e que o Dr. Cândido Oliveira partilhou e resumiu de forma simples e lúcida: Informar, Debater, Deliberar, Executar e Avaliar. Estará a sociedade famalicense e as suas instituições preparadas e empenhadas em cumprir e fazer cumprir estes pressupostos do exercício da democracia local?
Esperamos ter dado o nosso contributo para este exigente desafio.
Muito obrigado a todas/os as/os presentes. Muito obrigado aos nossos dinamizadores desta(s) conversa(s) – Dr. Cândido Oliveira e Arq. Nuno Travasso.