Neste 4 de junho que ameaçava chuva, mas que nos brindou com uma tarde de soalheira Primavera, o grupo saiu do jardim dos Paços do Concelho de Vila Nova de Famalicão (Câmara Municipal) e percorreu ruas, praças e “vielas cobertas” até chegar à Praça - Mercado Municipal. Os temas abordados foram muitos e somaram-se pedaços de história que ajudaram a perceber a cidade que temos.
Não é fácil fazer uma síntese de quase 3 horas de conversas dinamizadas pelo Dr. Cândido Oliveira e o Arq. Nuno Travasso, pela sua riqueza e densidade. No entanto, registamos aqui alguns pedaços desta tertúlia, mais num registo de questões do que em ideias ou soluções fechadas.
Tudo começou em frente à acrópole dos Paços do Concelho (Câmara Municipal), símbolo do poder local, com a questão: como aumentar a participação e envolvimento de uma comunidade em que pouco mais de 4 cada 10 famalicenses exercem o seu dever/direito de voto? O poder local exerce um serviço à população e como tal deverá ser construído para maximizar a participação das/os munícipes. De que forma isso é possível? Como podemos promover a negociação entre os interesses conflituantes?
Por que razão estão as escolas gradeadas? Porque é que os espaços escolares, com os seus equipamentos desportivos, jardins e outros, não podem ser usados pela comunidade local aos fins de semana e nas férias escolares?
As crianças e jovens famalicenses enchem o Parque da Juventude, Parque 1º de Maio, Rua Luís de Camões e Praça 9 de Abril, dando vida a estes espaços. Como podemos adicionar valor e juntar outros públicos nestes lugares? Porque não cortamos o trânsito nos arruamentos junto às escolas, promovendo a segurança (sem automóveis não há acidentes rodoviários) e um estilo de vida ativo e saudável?
Será que a arte pública faz parte do desenho da cidade? A arte ter-se-á institucionalizado, por boas intenções, mas tirando o protagonismo à sociedade civil? Porque é que a Rua Direita e a Casa da Cultura, que nos anos 80/90 foram um espaço de grande dinamismo cultural, hoje perdeu essa função?
O Parque D.ª Maria II e áreas adjacentes voltam a encher-se de vida. Ficamos com poucas dúvidas sobre as desvantagens de um espaço livre de automóveis no centro da cidade. No entanto, não estaremos a centralizar os investimentos que qualificam o espaço público numa área muito circunscrita do concelho e mesmo da cidade? Não teremos um excesso de mineralização e consequente impermeabilização do solo do centro da cidade? A opção por esplanadas fechadas, não resulta numa apropriação indevida do espaço, cortando a sua fluidez?
Por que razão estão as escolas gradeadas? Porque é que os espaços escolares, com os seus equipamentos desportivos, jardins e outros, não podem ser usados pela comunidade local aos fins de semana e nas férias escolares?
As crianças e jovens famalicenses enchem o Parque da Juventude, Parque 1º de Maio, Rua Luís de Camões e Praça 9 de Abril, dando vida a estes espaços. Como podemos adicionar valor e juntar outros públicos nestes lugares? Porque não cortamos o trânsito nos arruamentos junto às escolas, promovendo a segurança (sem automóveis não há acidentes rodoviários) e um estilo de vida ativo e saudável?
Será que a arte pública faz parte do desenho da cidade? A arte ter-se-á institucionalizado, por boas intenções, mas tirando o protagonismo à sociedade civil? Porque é que a Rua Direita e a Casa da Cultura, que nos anos 80/90 foram um espaço de grande dinamismo cultural, hoje perdeu essa função?
O Parque D.ª Maria II e áreas adjacentes voltam a encher-se de vida. Ficamos com poucas dúvidas sobre as desvantagens de um espaço livre de automóveis no centro da cidade. No entanto, não estaremos a centralizar os investimentos que qualificam o espaço público numa área muito circunscrita do concelho e mesmo da cidade? Não teremos um excesso de mineralização e consequente impermeabilização do solo do centro da cidade? A opção por esplanadas fechadas, não resulta numa apropriação indevida do espaço, cortando a sua fluidez?
Para terminar registamos os 5 pilares em que a democracia local deve assentar e que o Dr. Cândido Oliveira partilhou e resumiu de forma simples e lúcida: Informar, Debater, Deliberar, Executar e Avaliar. Estará a sociedade famalicense e as suas instituições preparadas e empenhadas em cumprir e fazer cumprir estes pressupostos do exercício da democracia local?
Esperamos ter dado o nosso contributo para este exigente desafio.
Muito obrigado a todas/os as/os presentes. Muito obrigado aos nossos dinamizadores desta(s) conversa(s) – Dr. Cândido Oliveira e Arq. Nuno Travasso.
Esperamos ter dado o nosso contributo para este exigente desafio.
Muito obrigado a todas/os as/os presentes. Muito obrigado aos nossos dinamizadores desta(s) conversa(s) – Dr. Cândido Oliveira e Arq. Nuno Travasso.
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