9º aniversário da Associação Famalicão em Transição

Neste 25 de agosto de 2025, a Associação Famalicão em Transição celebra 9 anos de existência!

Procuramos continuar a contribuir para a construção de um lugar com futuro.

Se te revês no nosso propósito, junta-te a nós neste caminho.

Estamos à espera do teu contacto e da tua participação.

Fim de semana da Transição na prática

A Associação Famalicão em Transição celebrou no fim de semana de 31 de maio e 1 de junho os princípios da Transição, procurando colocá-los em prática através de diversas propostas de envolvimento. Foi um fim de semana repleto de momentos mais conscientes, realizados ao ar livre, envolvidos na natureza e celebrando-a, desde o macro ao microcosmo, ou como dito por um dos convivas, "Da profundeza das estrelas à broa de centeio, a perpétua transformação da Natureza".
No sábado, começámos com a realização de uma oficina de tricô, como método de criação de vestuário mas também de relações. Seguiu-se uma oficina de compostagem, onde aprendemos o papel de cada organismo, assim como diferentes abordagens ao processo consoante as necessidades e propósitos de cada pessoa. Terminámos o 1º dia com a confeção e deleite de uma deliciosa e variada refeição partilhada, à qual se juntou muita conversa, animada pelo convidado Pedro Macedo e companhia, em torno do mote da Transição, com boas notícias na área do ambiente, tão difíceis de identificar, e também com os diferentes horizontes, com que podemos sonhar e desenhar.
O domingo iniciou-se entre a flora, com as diferentes formas de a propagar, em experimentações de enxertia, alporquia e outras técnicas tais. Depois voltámo-nos para a terra, na procura de abrigo e como podemos construir com ela, experienciando o manusear de diferentes argilas, siltes e areias. Encerrámos o fim de semana com o espírito voltado para o sol, com os diferentes fornos solares apresentados, e com a barriga cheia de pão, biscoitos e infusão de bolota, numa breve (re)descoberta deste super, nutritivo, versátil e antiquíssimo alimento.
Fica a vontade de repetirmos estes encontros, podendo continuar a contribuir para colocarmos a Transição em prática!







Prolongamento do projeto Ideias na Praça - As vossas ideias, o futuro de Famalicão

Boas notícias, o projeto foi ampliado até ao final de junho.
Ainda vão a tempo de apresentar as vossas propostas e dar a oportunidade também à vossa comunidade.

Como transformariam Vila Nova de Famalicão?
Como melhorariam a nossa vivência na cidade, a nossa rua, a nossa freguesia, ou todo o concelho?

Até ao final de maio junho de 2025, a plataforma Ideias na Praça vem dar voz às vossas ideias e sugestões para transformar Famalicão. Mostrem ao resto da população o que vos move, tragam as vossas propostas para a conversa pública e juntos mostraremos aos órgãos de decisão como ambicionamos o futuro de Famalicão.

Bastam 10 minutos:

    1. Publiquem uma ideia na plataforma.
        Com certeza têm já várias sugestões, ou mesmo iniciativas, para melhorar a cidade e a sua vivência, seja a nível cultural, ambiental, desportivo, social, ou qualquer que seja a causa que vos move.
        Têm mais ideias? Ótimo, partilhem na plataforma todas as propostas que quiserem e deixem que outros ajudem a dar-vos voz.

    2. Partilhem o convite a participar com a vossa comunidade, amigos e parceiros.

        Basta redirecionar-lhes este email, ou pelas redes sociais:

        https://www.instagram.com/ideiasnapraca/
        https://www.facebook.com/IdeiasNaPraca/

O projeto Ideias na Praça surge da coligação espontânea na sociedade civil, entre indivíduos, grupos informais e associações do concelho de Vila Nova de Famalicão. A vossa associação ou coletivo são bem-vindos na dinamização do projeto! Contactem-nos pelo e-mail ideiasnapraca@gmail.com.

Aguardamos pela vossa participação!

A Plataforma Ideias na Praça está disponível no endereço: https://ideiasnapraca.org/

Fim de semana da Transição na prática

A Associação Famalicão em Transição organiza um fim de semana da Transição na prática. Este realizar-se-á já nos dias 31 de maio e 1 de junho. Teremos oficinas de tricô, fornos solares e alimentação com bolota, propagação de plantas, construção em terra, compostagem e ainda um jantar de confeção partilhada.
A participação carece de inscrição (as vagas são limitadas) e pedimos uma contribuição consciente (donativo feito pela/o participante segundo aquilo que considera ser um valor justo e dentro das suas possibilidades, tendo também em conta o número de atividades em que vai participar).
Pode inscrever-se para o fim de semana completo, para as oficinas que preferir ou apenas para o jantar de confeção partilhada no sábado.
Inscreva-se já (data limite: 28 de maio), neste formulário online: https://forms.gle/8HNRUgKWmhSj1YmD9

Local: Quinta da Granja - Rua Frei Bartolomeu dos Mártires, nº 2392, Antas, Famalicão.

O que é a Transição? De forma muito resumida, a Transição é o movimento consciente e motivado de passagem entre a situação atual e o futuro ideal que ambicionamos.


Programa:
Sábado - 31 de maio

10h30 - 12h30: Oficina 1 - Tricô
Maria Ramos
Oficina de iniciação ao tricô. Apelamos a quem quiser participar que traga as próprias agulhas e o seu fio preferido.

12h30 - 14h30: Pausa para almoço partilhado (não incluído na inscrição; cada participante ficará responsável pelo seu almoço, encorajando-se a partilha entre o grupo).

14h30 - 16h30: Oficina 2 - Compostagem
Henrique Zamith
Venha aprender a fazer compostagem e a aproveitar o material orgânico da sua cozinha, jardim ou quintal. A melhor forma de encerrar o fim de semana.

17h00 - 23h30: Jantar de confeção partilhada e conversa informal sobre Transição e ativismo
Nada une mais as pessoas do que cozinhar e comer em conjunto, e por isso, o que propomos para a última atividade deste dia é a confeção de deliciosas receitas, para que delas possamos desfrutar ao jantar. Já à mesa, e com o contributo de duas pessoas convidadas, Sara Rocha e Pedro Macedo (ambos membros do grupo Póvoa em Transição), falaremos sobre Transição e ativismo.
Todos os ingredientes necessários para a confeção do jantar serão disponibilizados pela organização. Teremos também bebidas disponíveis mediante um contributo extra.

Domingo - 1 de junho
11h00 - 12h30: Oficina 3 - Propagação de plantas
José Rodrigues
Venha aprender e tirar dúvidas sobre a melhor forma de propagar e cuidar das suas plantas.

12h30 - 14h30: Pausa para almoço partilhado (não incluído na inscrição; cada participante ficará responsável pelo seu almoço, encorajando-se a partilha entre o grupo).

14h30 - 16h00: Oficina 4 - Construção em terra
Armindo Magalhães
Venha descobrir a construção em terra e os seus princípios básicos como método sustentável de eco-construção.

16h15 - 18h15: Oficina 5 - Fornos solares e alimentação com bolota
José Luís Araújo
Venha descobrir o que é um forno solar e como construí-lo. Descubra também o super-alimento que é a bolota e experimente a confeção de alguns produtos utilizando-a como ingrediente principal.


Pode efetuar o seu contributo por transferência bancária para o IBAN PT50 0045 1280 4028 3963 8046 7 (pedimos que depois nos envie o comprovativo para famalicaom@gmail.com) ou pode fazê-lo presencialmente no fim de semana da Transição na prática.

Para mais informações ou esclarecimento de dúvidas contactar a Associação Famalicão em Transição através do email famalicaom@gmail.com ou do telemóvel 916081302.


Conversas TeT - Visita ao Alto das Eiras

No passado dia 16 de março, realizou-se a Conversa TeT (Território em Transição) - Visita ao Alto das Eiras, guiada e comentada pela arqueóloga Felisbela Leite, a quem muito agradecemos a presença, dedicação e excelente contributo.
A conversa em forma de visita, deu a descobrir um legado com mais de 7 mil anos de história, que ocupa uma área equivalente a cerca de 8 vezes o Parque da Devesa, e que apresenta sinais de uma grande povoação, com balneários, castelo, mamoas e outros vestígios de ocupação.
Desta conversa, deixamos algumas reflexões sobre a proteção e valorização deste tesouro:

  • É necessário dar a conhecer, divulgar, e com isso valorizar a identidade do território e a apropriação da população deste valioso passado e património;
  • Este espaço está a ser destruído pela utilização indevida. Entendemos que estes espaços patrimoniais devem ser protegidos, tanto com delimitação eficiente, como com sinalização e regras de boas condutas. Relembramos que estes espaços não podem ser utilizados por quaisquer veículos motorizados ou não, mas também que as visitas pedestres aos locais devem ser cuidadas: não caminhar sobre muros, nem levar nada para casa, que não seja lixo;
  • Gostaríamos de ver este espaço mais estudado e visitado, tanto pela comunidade em geral, mas também por grupos de estudo e escolas;
  • Neste momento, o território é quase exclusivamente ocupado por eucaliptal para exploração e há registos de mobilização de terras e despejo de entulho na zona, destruindo parte do Castro das Eiras;
    • Entendemos que a reconversão da monocultura do eucalipto para um carvalhal tem várias vantagens associadas:As raízes dos eucaliptos destroem as estruturas que se encontram no seu caminho, neste caso, o legado arqueológico que ainda se encontra soterrado. A substituição dos eucaliptos é um fator crítico na preservação deste património;
    • A partir da análise dos depósitos de carvão encontrados, a lenha usada era de carvalho (Alvarinho), o que indica que a zona era coberta essencialmente por carvalhais. Repor o carvalhal é respeitar a memória histórica do sítio, recuperando a floresta autóctone e a biodiversidade, nomeadamente através da reposição da cadeia trófica;
  • Consideramos que a criação de uma Área Florestal Municipal Protegida que abranja toda a zona do Alto das Eiras, já classificada como Conjunto de Interesse Público, seria um passo importante para a resolução dos problemas identificados, proporcionando melhores condições para a proteção, regeneração e valorização deste rico património arqueológico e florestal concelhio;
  • Para a concretização deste projeto, desafiamos as empresas do concelho (e não só) a participar no seu financiamento, através do mecenato cultural e ambiental. A competitividade de um território e a sua capacidade de atrair recursos qualificados, também passam por aqui.

Não deixem de visitar este património concelhio tão relevante!





Conversa TeT - Visita ao Alto das Eiras


ASSOCIAÇÃO FAMALICÃO EM TRANSIÇÃO PROMOVE VISITA AO ALTO DAS EIRAS: UM MERGULHO NA HISTÓRIA E NA NATUREZA

No próximo dia 16 de março, a Associação Famalicão em Transição convida todas as pessoas interessadas a participar numa nova edição das Conversas TeT - Território em Transição, desta vez com uma visita guiada ao Alto das Eiras, um dos mais relevantes patrimónios arqueológicos do concelho de Vila Nova de Famalicão.
A visita decorrerá na manhã de 16 de março, entre as 9h15 e as 13h00, e terá como ponto de encontro a antiga Capela de Nossa Senhora da Carreira, em Joane.
A visita será acompanhada pela arqueóloga Felisbela Leite, uma pessoa com grande conhecimento do património arqueológico local e regional.
Esta iniciativa visa dar a conhecer a riqueza cultural, histórica e ecológica deste notável conjunto arqueológico, que se estende por uma vasta área do concelho, delimitada por duas linhas de água que convergem para o Rio Ave.
O Conjunto Arqueológico das Eiras é um testemunho único da ocupação humana nesta região, desde os finais do Neolítico até à Idade Média. Entre os seus elementos mais destacados, contam-se:
- O Castro das Eiras, um dos maiores povoados da Idade do Ferro do Norte de Portugal, com um balneário decorado com pedras graníticas;
- O Castro de Vermoim, que inclui vestígios defensivos medievais do antigo castelo local, palco de episódios históricos marcantes durante o Condado Portucalense;
- A Necrópole de Vermoim, composta por quatro mamoas.
Este conjunto distingue-se não só pela sua dimensão e diversidade, mas também pela coerência espacial e pelo enquadramento paisagístico que o caracterizam. A sua importância histórica e patrimonial justifica a sua classificação como um elemento essencial para a compreensão da centralidade desta região no Médio Ave e da vivência das suas populações ao longo dos séculos.
Esta visita servirá também para conversar sobre a proposta feita pela Associação Famalicão em Transição para a criação de uma Área Florestal Municipal Protegida naquela zona, assim como a proteção e regeneração do património florestal e cultural.
A Associação Famalicão em Transição convida assim todas as pessoas interessadas a participar nesta visita, que promete ser uma viagem fascinante pelo tempo e pela natureza. Uma oportunidade única para explorar um dos mais significativos legados arqueológicos do Norte de Portugal.
Junte-se a nós e descubra as histórias que o Conjunto Arqueológico das Eiras tem para contar!

Data: 16 de março de 2025.
Horário: 9h15 – 13h00.
Ponto de encontro (início e fim): Antiga Capela de Nossa Senhora da Carreira, em Joane (morada: Rua Senhora da Carreira, n° 359, 4770-265 Joane; localização no Google Maps: https://maps.app.goo.gl/QsvpqqTiyyJRisRX6).
Percurso: cerca de 7 km, maioritariamente em caminho florestal.

Para mais informações contacte a Associação Famalicão em Transição através do email famalicaom@gmail.com ou das redes sociais.

10º Encontro Nacional pela Justiça Climática


Vivemos em estado de emergência. As emissões globais de CO2, o extrativismo e as desigualdades sociais continuam a aumentar. As diversidades biológica e cultural estão a ser extintas, as práticas antidemocráticas estão em crescimento. Em Portugal, ainda se aprova a construção de novas infraestruturas emissoras (aeroportos, gasodutos), incentivos diretos e indiretos para transporte rodoviário individual, a destruição de áreas de proteção ambiental, a degradação deliberada dos serviços públicos e o turismo de massas que obstrui o direito à cidade.

Nós vivemos em estado de emergência, enquanto os lucros das empresas petrolíferas batem recordes. E a única forma viável que os governos encontraram para gerir as crises climática e social foi assumindo posturas mais negacionistas e mais autoritárias.

Pelo mundo inteiro, mas também em Portugal, esta degradação da vida de todas e todos não avança impune. Por todo o lado, populações resistem em várias frentes para travar o colapso da civilização. As mobilizações contra o aumento de custo de vida e pelas melhorias nas condições de trabalho e dos serviços públicos, as marchas pela habitação e pelo direito à cidade, o movimento contra o genocídio na Palestina, as ações diretas pela justiça climática e pelo fim ao fóssil, os protestos contra a violência policial e racismo estrutural dirigido contra as comunidades marginalizadas, o movimento pelos direitos dos imigrantes, os movimentos de base contra projetos extrativistas, todos eles têm mostrado a força popular de rejeição. Ainda continuamos em estado de emergência e não temos muito tempo antes do ponto sem retorno do colapso climático.

É neste contexto que o movimento pela justiça climática organiza o 10º Encontro Nacional pela Justiça Climática. Dez anos são muito tempo, na verdade, demasiado tempo tendo em conta os prazos da emergência climática. Nesta 10ª edição, reinventamos o Encontro para reinventarmos o movimento. Abrimo-los para participação mais direta e para discussão mais proposicional.

Vamos discutir o Plano pela Justiça Climática: uma visão pelas pessoas e para as pessoas, para travar a crise climática. E vamos construir a Agenda pela Justiça Climática: ações coordenadas para o ano de 2025.

O 10º Encontro Nacional pela Justiça Climática ambiciona ser um espaço de aprendizagem coletiva e de articulação, ou seja: um espaço de construção de movimento.