Plantar 100 árvores autóctones - Bosques do Centenário

Bosques do centenário em Vila Nova de Famalicão

"No dia 23 ocorrerá a plantação de 100 carvalhos no Monte de Montezelo, Lousado ( junto à igreja). Organização da Câmara Municipal de Famalicāo com a colaboração da Vento Norte e participação de alunos da Escola Cooperativa de Vale S. Cosme e Escola Secundária Camilo Castelo Branco.

No dia 27, sábado, pelas 9:30, a Associação Vento Norte promove a plantação de árvores de espécies autóctones e sementeira de bolotas e castanhas no parque do Vinhal em Vila Nova de Famalicão. Esta iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicāo e está aberta à participação de toda a comunidade. Não é  necessária inscrição, basta que apareçam no local." 
  
 
Bosques do Centenário

"O projecto Bosques do Centenário insere-se nas Comemorações do Centenário da República e tem como objectivo plantar pequenos bosques de 100 árvores de espécies autóctones em cada um dos municípios de Portugal como forma de assinalar os 100 anos de instauração da República Portuguesa, assinalando esta efeméride com a plantação de “monumentos vivos” em cada um dos 308 municípios portugueses.

A iniciativa de plantar Bosques poderá prosseguir no futuro como um movimento voluntário de cidadania para a criação e manutenção de bosques de floresta autóctone, através de vários tipos de acções, tais como a recolha de sementes, sementeiras e plantações ou a limpeza e manutenção da floresta autóctone.

A plantação dos “Bosques do Centenário” terá lugar durante a semana em que se celebra o Dia Mundial da Floresta Autóctone, 23 de Novembro
." 

Já começou a Transição em Portugal

O seguinte texto é a transcrição de parte da mensagem de Luís Queirós no seu  blogue Transição, e fala da sua opinião sobre a Conferência GLOCAL 2010, que decorreu nos passados dias 20 a 22 de Outubro, nas instalações da LIPOR, em Ermesinde, onde foi também orador:

"A experiência que está a ser levada a cabo pelo Município Cascais, apresentada, de forma entusiástica, por Joana Silva, ilustra bem quanto algumas autarquias já estão sensíveis a estes problemas. Foi apresentado o projecto "in loco 21" que está a ser implementado com sucesso. Falou-se de palestras, destinadas aos colaboradores da autarquia, inspiradoras de reflexão sobre a sustentabilidade.

Começam a surgir por toda a parte pessoas desinteressadas, cidadãos comuns atentos aos sinais das mudanças, que se interessam pelo tema. Eu próprio apresentei o projecto Rio Vivo, em S. Pedro do Rio Seco, apoiado pela Fundação Vox Populi. E inspiradas pelo modelo de Totnes, já existem em Portugal as primeiras iniciativas de transição, como é o caso de Paredes que muito me impressionou pelos entusiasmo com que foi apresentado. Tivemos ainda o privilégio de ouvir Jacqi Hodgson falar-nos de Totnes, cidade inglesa percursora destes movimentos.
 
Com a persistência da crise e com a incapacidade demonstrada por economistas, políticos e governantes para a debelar, pouco a pouco, as pessoas começam a dar-se conta de que o mundo está a mudar de uma forma irreversível, e que esta não é uma crise como as outras. Começam a perceber e a acreditar que esta á a “crise mesmo”, e começam a olhar de forma diferente para o futuro. E muitos, sem esperar que algo de pior aconteça, começam a querer moldá-lo com as suas próprias mãos. Está a ser assim em Paredes, em Pombal, e poderá ser assim no bairro de Telheiras, em Lisboa, onde jovens entusiastas se dispõem a percorrer o caminho difícil mas promissor da Transição."

Eu também assisti à conferência GLOCAL 2010, e, assim como na conferência sobre Transição em Abril passado em Pombal,  vi que há pessoas e municípios interessados em começar essa mudança para uma vivência mais sustentável, promovendo a produção e o comércio local, respeitando a natureza e as pessoas, e delas aproveitar o melhor sem as prejudicar, e diminuindo gradualmente os consumos energéticos - a Transição.

Mas a Transição começa localmente, com um grupo de pessoas empenhadas, interessadas no bem comum e não em obter proveito próprio, que se formam e informam para que se vença a inércia do "deixa andar, que quem vier atrás resolva" e a Transição comece. Dá trabalho, e não dá dinheiro, mas seguramente compensará a quem se preocupe com o futuro das gerações futuras. Em Portugal

Em Paredes, de facto a Transição já começou, como testemunhei na recente palestra de Jacqi Hodgson (ver aqui). Em Pombal, em Telheiras, em Rio Seco, a Transição está a acontecer. Saibam mais na rede Transição e Permacultura Portugal, uma rede social que visa promover o Movimento de Transição e a Permacultura em Portugal.

Haverá gente em Famalicão que aceite este desafio?